Redescobre-se hoje a reincarnação através das diferentes religiões orientais. Assim, por exemplo, no cântico do feliz Krishma (a Bhagavad Gîtâ), pode Ier-se: “Tal como um, homem se desfaz do seu vestuário usado para vestir um novo, assim a alma, despida dos seus corpos usados, se une a um novo corpo”. (2, 22)
- Para estas religiões, a vida humana é como um eterno recomeço onde a alma é uma parte do todo, e no qual o corpo não é mais que um veículo transitário (yâna).
- Este encadeamento de vidas é interpretado de maneira sensivelmente diferente no Oriente e no Ocidente.
- Os sábios e os Mestres do Oriente desejam quebrar a cadeia dos nascimentos sucessivos para realizar a fusão do Absoluto. É a etapa última: a “libertação” (moksha) dos hindus, “a extinção” (nirvâna) dos budistas, ou “a iluminação definitiva” (satori) dos manges zen do Japão.
Ao contrário, aqueles, que no Ocidente, acreditam na reincarnação consideram esta doutrina uma oportunidade de realizar aquilo que era impossível numa só vida. E isto indefinidamente: é como se fosse possível estar sempre a “repetir o ano”. - Aderir a esta crença, é simultaneamente aderir a toda uma maneira de ver a vida, Deus, o Homem, a sua liberdade. É importante, pois, compreender bem sobre que terreno nos comprometemos.
- Em todo o caso, há com a ideia da reincarnação duas aspirações importantes que são postas em relevo: ser purificado do mal e viver eternamente na presença do divino. Estas aspirações são belas. A questão é saber se se encontra uma resposta sólida: quer se queira ou não, há sempre uma perspectiva de aniquilamento da nossa pessoa.
- Quanto à purificação em relação ao mal, não se vêem melhores meios de que possamos dispor num hipotético futuro e que nos libertem melhor que hoje.
- A vida nova que Jesus promete não é uma nova vida: ela é uma eternidade de alegria e de amor, eterna, isto é, para sempre! E Cristo pode-nos libertar do mal pois Ele é Deus: Ele pode, se nós o desejarmos, criar-nos de novo pelo Seu perdão; nós conhecemos bem a incapacidade que temos de quebrar as nossas cadeias.
A vida humana não consiste em se desligar da vida, em nada fazer; ela é pelo contrário uma procura do que é belo, bom e verdadeiro.
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