. A verdadeira questão é saber se a felicidade é possível e como.
- A nossa mais profunda aspiração não é amar e sermos amados? As feridas de amor não são aquelas que nos atingem de forma mais profunda? É também no amor que podemos encontrar uma felicidade verdadeira e duradoura. E isto não é simplesmente uma satisfação pessoal, mas o dom livre de nós mesmos ao outro. Isto não significa que o prazer, os bens materiais, a vida social não possam contribuir para a felicidade; existe todo um conjunto de elementos que qualificam realmente a nossa vida. Mas, eles mesmos não são capazes de nos satisfazer. O que faz a nossa felicidade e a nossa alegria é o dom de nós mesmos e o amor que recebemos dos outros.Uma felicidade assim, maravilhosa, permanece contudo frágil, uma vez que está submetida aos nossos limites humanos: quantas vezes nos surpreendemos a procurar o nosso prazer pessoal, a querer possuir, dominar! E a nossa sociedade de consumo tende a reforçar em nós esta fuga, tendo comportamentos individualistas. Esta procura desajeitada da felicidade gera muitas vezes conflitos com os outros e uma desilusão que nem sempre se tem coragem de admitir…
- Por outro lado, mesmo no amor autêntico, sente-se como que um limite, que a alegria de estar juntos não é perfeita, que o nosso coração deseja alguma coisa ainda maior. O nosso coração foi feito para um amor infinito, e só um amor infinito poderá enchê-lo. “Tu nos criastes para Ti Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não repousa em Ti“, dizia S. Agostinho. Pensamos que a verdadeira felicidade, a felicidade eterna que Deus promete, é para após a morte. Então é até a morte?…
Na realidade, a felicidade que é a vida eterna no amor de Deus começa agora, desde o momento em que eu lhe abro o meu coração para acreditar quando Ele me diz: “Tu és precioso aos meus olhos e Eu te amo“. Deus não está longe, Ele faz-se próximo, um de nós, em Jesus Cristo, o Emanuel.
Com Ele, todas as dimensões da nossa existência podem receber um novo olhar: o amor humano, o trabalho, as relações sociais, a arte, a beleza da criação; toda a nossa vida e até as nossas dificuldades. O nosso coração entra com alegria na sua verdadeira dimensão.
Com Ele o Reino de Deus já está no meio de nós, esse reino que S. João anuncia: “Vi depois um novo Céu e uma nova Terra (…) e ouvi outra grande voz, que saía do trono e que dizia: “Eis aqui o tabernáculo de Deus entre os Homens! Habitará com eles, serão o Seu povo e o próprio Deus estará com eles. Ele enxugará as lágrimas dos seus olhos; não haverá mais morte, nem pranto, nem gritos, nem dor porque as primeiras coisas passaram” (…) Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Àquele que tiver sede, dar-lhe-ei a beber, gratuitamente, da fonte da água da vida (…) Eu serei o seu Deus e ele será meu filho” (Ap 21,1-7).
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