Não querem ter já filhos logo, mas querem ter um amor verdadeiro, dar-se totalmente um ao outro, em todas as dimensões do ser de vocês, num compromisso de um com o outro pelo casamento, no prazer, na alegria oferecida e partilhada, e com esta formidável capacidade de dar a vida presente em vocês.
- Esta graça extraordinária que é a fecundidade, vocês vão guardá-la, administrá-la, vão aprender a conhecer os períodos do ciclo da mulher, aqueles em que ela pode dar a vida e aqueles em que não pode.
- E como não desejam ter filhos logo, vocês vão escolher unir-se nos períodos de infertilidade. Durante os períodos de fertilidade podem manifestar o amor de vocês de outra forma que não seja a união sexual, podem conversar mais, etc. E verão o amor de vocês crescer e se aprofundar.
- E depois aprenderão a compreender os desejos de vocês, a vontade de Deus, o chamado específico de vocês para dar a vida. Um dia então, poderão unir-se durante um período fértil e no centro do amor de vocês, com a colaboração de vocês, Deus poderá criar uma nova vida: o filho de vocês.
Testemunho
Quando nos casamos há 4 anos, ambos queríamos ter uma família numerosa. Depois de termos esperado alguns meses para aprendermos a nos conhecer, começamos a pensar em ter filhos. Só que foram precisos 4 longos anos, numerosos exames e operações cirúrgicas para concretizar o nosso projeto e foi no dia do nosso 4º aniversário de casamento, que eu soube que estava grávida. Ser estéril: que dor física e moral! Foi preciso eu aprender a lutar contra o sentimento de culpa que me levava a pensar: “A culpa é minha!” Ter coragem diante dos médicos que me diziam: “Descontraia-se minha senhora, pense em outra coisa…”, da família, dos amigos, que, por meias palavras, ou de forma clara, nos diziam: “às vezes é psicológico…” Que frase terrível, mesmo que às vezes possa ser assim, ficamos classificados e catalogados como doentes psicológicos! AGÜENTAR,CONTRA VENTOS E MARÉS Eu experimentei concretamente, durante estes quatro anos, o poder da oração dos outros, na qual me apoiei muitas vezes. Não se deve ter medo de dizer: “já não agüento mais!” Mas também a oração que eu partilhava com o meu marido, uma vez que nos foi concedida a graça de conseguirmos estar constantemente rezando por isso: entregando o nosso sofrimento a Deus, pedindo a Sua ajuda sem cessar, escolhendo o bom médico (foram-nos indicados tantos!), esclarecendo o diagnóstico. E por fim, oferecendo pessoalmente esta morte de mim mesma (porque trata-se de fato de uma morte), pelas mais diversas intenções. Tivemos sempre a certeza de que Deus não nos iria desiludir. Lembro que uma vez num retiro, eu tinha-Lhe pedido para me curar, e efetivamente eu fui curada, mas de um ezema que tinha nas orelhas! Foi uma pequena decepção no momento, mas com isso eu percebi que Deus cuidava de mim. Ao fim destes quatro anos, eu percebo até que ponto este sofrimento nos enriqueceu:o nosso amor, que poderia ter sido ameaçado, pelo contrário, aprofundou-se. Nós descobrimos quanto Deus estava comprometido com o nosso casamento, para o fazer agüentar contra ventos e marés e dar-nos uma fecundidade real, mesmo se no início ela não tenha tido a forma de uma fecundidade “humana”. lsabelle |
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